Explore a decadência e a esperança em "NEGENTROPIA: O Último Homem na Terra Devastada", uma experiência operática pós-techno que o transportará para um universo pós-apocalíptico repleto de mistério e desespero. Dirigida por Hugo Paquete, esta obra combina música eletrónica, ruído e interação tecnológica em cinco atos, oferecendo uma visão provocativa sobre a condição humana diante do colapso iminente.
[For English, please see below]
O último refúgio da humanidade num mundo devastado, onde o ruído eletrónico ecoa como nuvem apocalíptica pulsante, numa ópera pós-techno que transcende convenções.
Explore um universo pós-apocalíptico em "NEGENTROPIA: O Último Homem na Terra Devastada", uma experiência operática pós-techno dirigida por Hugo Paquete.
Entre num universo disruptivo onde um último homem pensa, como delírio, os seus restantes dias, procurando uma revelação no seu fôlego terminal, como forma extravagante de sobrevivência numa terra radical e árida de fragmentos colapsados, outrora símbolos da monumentalidade tecnológica, do poder e progresso civilizacional. Elementos apagados na erosão do tempo contemporâneo deste último homem, como poeira cósmica onde persiste o seu desejo de sobrevivência.
Esta obra, dirigida e concebida por Hugo Paquete, apresenta-nos um universo pós-apocalíptico distópico, onde a música eletrónica, ruído e interação se unem em 5 atos onde se explora o lugar e circunstância da existência num último suspiro, o fim de um homem num deserto austero eletrónico como nuvem pós-apocalíptica, onde a existência colapsa em loucura e asfixia. Inspirada nas obras do compositor Jani Christou, NEGENTROPIA recria e expande as composições Anaparastasis I: The Baritone (1968) e Anaparastasis III: The Pianist (1968), elevando a sua experiência a novas intensidades, contextualizando-as numa meta-dramaturgia sonora, visual e cénica, com recurso a improvisação e programações de leituras de CO2 para som, numa catarse como suspensão da tragédia humana e tecnológica.
Exploramos neste projeto os conceitos: ecologia radical, astronomia, ciência, misticismo e morte, tradições imaginárias e misteriosas para se desvendar os limites do eu perante o abismo. Procura-se, assim, partir do ritual catártico tecnológico, da voz em cena, onde o mito, o transcendente, o primordial e o ritual moldam o pânico e a histeria como conceitos operativos diante do apocalítico, numa abordagem estética de cruzamentos disciplinares e disruptiva.
Esta peça desenvolvida em formato site-specific para a cúpula do Planetário do Porto, apresenta conteúdos em vídeo 3D, criados por Julius Horsthuis, e som espacializado para oito canais de áudio, transportando os sentidos para um mundo dissonante de ritmo e ruído.
No palco, contamos com o talentoso barítono Rui Baeta que personifica "o último homem", acompanhado por manipulações eletrónicas de Hugo Paquete. Somando, ainda, a participação especial de músicos convidados para as diferentes apresentações, tais como Pedro Carvalho e Ianina Khmelik no violino, e Cláudio de Pina no sintetizador e programações.
Este projeto conta ainda com uma equipa de atores, performers e geradores de ruído, tais como: Bruno Sousa, Amanda Duda, Alex Alvão, Delrik Borba, Flora Gouveia, Rita Rocha, Rodrigo Guimarães e Leticia Arlandis – assumem o papel de ecos humanos, evocando memórias de uma humanidade perdida entre o passado e o futuro.
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Cúpula do Planetário do Porto – CCV
Sexta, 21 de junho, 21:30
Sábado, 22 de junho, 18:00
Duração: 1 hora
Recomendado para maiores de 10 anos.
Bilhetes à venda online e, no local, uma hora antes, nos dias dos espetáculos.
Lotação para cada espetáculo: 93 + 2 de mobilidade reduzida
Preço dos bilhetes para cada espectáculo: 15€ (geral) / 7€ (estudante) / 25€ (dois adultos e uma criança até aos 16 anos).
Adira e partilhe os eventos do Facebook da récita de sex. 21 jun. e da récita de sáb. 22 jun.
Mais informação sobre a obra em Absonus Lab.
Palavras.-chave: Ópera, Pós-apocalíptico, Distopia, Sobrevivência, Pós-Digital, Catarse
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Créditos Técnicos e Artísticos
Direção Artística, Conceito, Direção Musical e Composição, Performance e Dramaturgia: Hugo Paquete
Reinterpretação Musical: Jani Christou: Anaparastasis I: O Barítono (1968) e Anaparastasis III: O Pianista (1968)
Barítono e Performance: Rui Baeta
Violinista performance no planetário e outras datas: Pedro Carvalho
Violinista, outras datas: Ianina Khmelik
Organista e sintetizadores: Lisboa Incomum. Museu da Música Mecânica: Cláudio de Pina
Atores: Bruno Sousa, Amanda Duda, Alex Alvão, Delrik Borba, Flora Gouveia, Rita Rocha, Rodrigo Guimarães e Leticia Arlandis.
Conteúdo 3D e Animações: Julius Horsthuis
Design de Hardware: Christopher Zlaket
Design de Software: David Stingley
Maquiagem e Cabelo: Kateryna Kornilova
Figurinos, Adereços, Cenografia e Iluminação: Absonus Lab team
Operação de Som e Luz: Absonus Lab team
Conteúdo Digital e Gravação: Luna Castro e Hugo Vale
Assistente de Produção: Erica Frota
Gestão Financeira: Susana Nobre
Produção: Absonus Lab
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O projeto é financiado pela Direção Geral das Artes (Dgartes) e pela República Portuguesa / Cultura. Conta também com o apoio institucional das seguintes entidades: Planetário do Porto – Centro Ciência Viva, Lisboa Incomum, Escola Superior Artística do Porto (ESAP), Universidade do Algarve, Centro de Investigação em Artes e Comunicação (CIAC), Artech Internacional, ACE: Teatro do Bolhão, LTK4: Center Court Festival, Maus Hábitos - Espaço de Intervenção Cultural e Museu da Música Mecânica.
Hugo Paquete é um artista sonoro multidisciplinar, investigador e docente. Explora música eletrónica, acusmática, media arte digital e performance. O seu trabalho reúne experimentações teóricas e práticas com estéticas pós-industriais, pós-minimalistas e pós-digitais na música e na arte e tecnologia. Tais como, experimentação nos domínios do ritmo e do ruído, como forma de significação para lidar com aspetos metapolíticos e imaginativos entre cultura popular e erudita na arte contemporânea. Foi bolseiro de investigação da Fundação para a Ciência e Tecnologia, 2017-2022. Doutorado em Média-Arte Digital pela Universidade Aberta, 2022. Frequentou a Componente curricular do Doutoramento em Ciências Musicais - Música como Cultura e Cognição na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, 2017-2019. É Mestre em Criação Artística Contemporânea, Universidade de Aveiro, 2014 é licenciado em Artes Plasticas pela Escola Superior de Arte e Design das Caldas da Rainha, 2010. Atualmente, é investigador no Centro de Investigação em Artes e Comunicação (CIAC) e no grupo ID+ [UA / DeCA]: Praxis and Poiesis da Universidade de Aveiro. Foi residente no ZKM/ Zentrum für Kunst und Medientechnologie de Karlsruhe, no antigo IMA e atual HertzLab, desenvolvendo investigação em espacialização sonora e música eletrónica entre 2011 e 2022 em múltiplos projetos. Colaborou com o artista lituano Julijonas Urbonas no projeto Talking Doors, que ganhou uma distinção em arte interativa no Festival Prix Ars Electronica 2010, uma recomendação do júri no 14º Japan Media Arts Festival (Tóquio, 2010) e uma menção honrosa no Festival Media, Live 2011 Grand Prix (Turku, Finlândia). Foi bolseiro da Calouste Gulbenkian Foundation em 2018 e do projeto i-PORTUNUS da comunidade europeia em 2019, desenvolvendo investigação no ZKM / Hertz Labortory.
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Seleção de festivais e apresentações de trabalhos: 40.4 Festival em 2024. The B2 Center for Media, Atlas Studio, University of Colorado Boulder. Estados Unidos, Yugen, em 2024, Temps d'Image” Festival Tanzhaus NRW, Alemanha, Festival Ars Eletronica em 2022 em Linz, Áustria. (ODO): No Body Lives Here in 2020 no ZKM/Zentrum für Kunst und Medientechnologie, Karlsruhe, Alemanha. Cosmos em 2018 no ZKM/Zentrum für Kunst und Medientechnologie, Karlsruhe, Alemanha. 13e édition de La Semaine du Son: Faire et écouter le son dans l' espace no Atelier Des sons dans l'air em 2016, França. Corpus em 2017 no World Stage Design, Taipei, Taiwan. Corpus em 2017 no festival Transart de cultura contemporânea, Bozen, Itália. Sonic Arcade: Shaping Space with Sound by Radius em 2017 e 2018 no MAC: Museum of Arts and Design, Chicago, Estados Unidos da América. Festival In-Sonora em 2016 na La Casa Encendida, Madrid, Espanha. Festival Sweet Thunder em 2014 no Fort Mason Center, São Francisco, Estados Unidos da América. IMA/ Structures no ZKM |Institute for Music and Acoustics em 2013, Karlsruhe, Alemanha. PNEM Festival de Arte Sonora em 2013, Uden, Holanda. Festival Internacional da Criatividade, Inovação e Cultura Digital: Inovação da Ciência da Arte na TEA: Tenerife Espacio de Las Artes em 2013, Espanha. Segundo Festival 0P3NR3P0 Gli.tc/h, em 2013 no Museum of Contemporary Art em Chicago, Estados Unidos da América. Festival Zeppelin no Centro de Cultura Contemporânea de Barcelona, em 2013, Espanha. IN-SONORA VII Exposição de Arte Interativa e Sónica. Museu Rainha Sofia em 2011 Madrid, Espanha. Audiorama, Ars Acustica 4 em 2011 Estocolmo, Suécia. Corpus Pygmalion em 2011, ZKM /Zentrum für Kunst und Medientechnologie, Karlsruhe, Alemanha. MEECAS: The Midwestern Experimental Electronics Conference and Showcase at Lizard's Liquid Lounge, em 2010 Chicago, Estados Unidos da América. SoundGate: Uma parte de Port2010. Kunsten Museu, Centro e Plataforma Utzon4 em 2010 Aalborg, Dinamarca. Sonic Vigil V, Catedral de St Fin Barre`s em 2010 na Irlanda. Festival Música Viva, Centro Cultural de Belém em 2009 Lisboa, Portugal. Festival Zeppelin. Centre de Cultura Contemporània de Barcelona em 2009, Espanha. 39-Imeb-concours internationaux de Bourges Musiques electroacoustiques et Arts Electroniques em 2009, França. Festival Música Viva, Centro Cultural de Belém em 2008 Lisboa, Portugal. Festival Zeppelin no Centre de Cultura Contemporània de Barcelona em 2008. Prix Ars Electronica in Digital Music, Ars Eletronica, Linz, Áustria, em 2007. Festival DAW'07: Semanas de Arte Digital, ETH Zurique, Instituto de Sistemas Informáticos em 2007, Suíça. SSTFM em 2007 no Festival FILE Electronic Language International, Festival em São Paulo, Brasil, entre outros.
Rui Baeta iniciou os seus estudos musicais no Conservatório Regional do Algarve Maria Campina, na classe de canto da soprano Ana Ester Neves, e posteriormente no Conservatório Nacional, em Lisboa, na classe de canto da soprano Filomena Amaro. É diplomado em Canto pela Escola Superior de Música de Lisboa, na classe de canto do tenor Luís Madureira, e obteve o Título de Especialista em Música – Canto pelo Instituto Politécnico de Lisboa. Desenvolveu o seu aperfeiçoamento artístico em diversas instituições de ensino artístico especializado das quais se destacam: Centre de Musique Hindemith, Suíça; Academie Francis Poulenc, França, com o barítono François Le-Roux; e Mozarteum Salzburg, Áustria, com o Professor Richard Miller. Com o pianista Paulo Pacheco vence o Primeiro Prémio Jovens Músicos - Música de Câmara Nível Superior. Aos 18 anos de idade ingressa no Coro da Fundação Calouste Gulbenkian onde permanece cerca de 10 anos e inicia a sua carreira como cantor solista. Com 25 anos de idade estreou-se no Teatro Nacional de São Carlos, na interpretação de Mr.Plunket, em The English Cat de Hanz Werner Henze, dirigida por João Paulo Santos e encenada por Luís Miguel Cintra. Desde então, com orquestras como a Orquestra Barroca D’Aquém Mar, Orquestra do Algarve (Clássica do Sul), do Norte, das Beiras, Nacional do Porto, Sinfónica Portuguesa, Filarmónica Portuguesa, Camerata de Lyon, Camerata do Concertgebouw, Metropolitana e Gulbenkian, tem somado no seu repertório operático e de concerto os principais solos e papeis de barítono como em La Bohéme, Madama Butterfly, Flauta Mágica, Idomeneo, I Pagliacci, Les Contes D’Hoffmann, Hänsel und Gretel, The Litle Prince, Venus and Adonis, Der Kaiser Von Atlantis, As Variedades de Proteu (CD), O Corvo (CD), O Monstro no Labirinto, A Tabacaria ( CD), O Regresso da Norma (CD), As Flores do Mal (CD) O Manifesto Nada (CD), Beatriz, Lieder eines fahrenden Gesellen, Les Nuits D’Été, Carmina Burana, Ein Deutsches Requiem, Petite Messe Solennelle, Requiem de Fauré, Requiem de Bontempo, Requiem de Mozart, 9ª Sinfonia de Beethoven Johannes Passion e Ich Habe Genung de Bach, Missa Grande de Marcos de Portugal (CD), Reset de Vasco Mendonça e Endless Box de Mieko Shiomi, assim como um diversificado repertório de recital de compositores como Schubert, Schumann, Strauss, Brahms, Fauré, Duparc, Ravel, Falla, Pinho Vargas, Tomás Borba, Vianna da Motta e António Fragoso. Atualmente, desenvolve a sua carreira artística nas principais salas do país e no estrangeiro.
Para além de diversas gravações realizadas para a Rádio Televisão Portuguesa e os seus variados canais, foi professor de Voz no Teatro Nacional D. Maria II, na Escola Superior de Teatro e Cinema, na Companhia Olga Roriz, na Universidade de Évora, na Act Escola de Actores, na Nicolau Breyner Academia, na New School of Business and Economics, Egas Moniz School of Health & Science, dos actores protagonistas dos filmes Variações e Fada do Lar do realizador João Maia, de jornalistas da TVI, CNN Portugal e CMTV, e de ilustres estadistas.
Em 2019, ano em que recebe a Medalha de Ouro da Cidade de Faro, fundou o Coro Comunitário da Orquestra do Algarve (Clássica do Sul) do qual é director musical e preparador vocal. No presente integra a direção artística da Orquestra do Algarve.
Cláudio de Pina, artista sonoro, improvisador, organista, compositor e investigador. Titular do órgão histórico da Igreja Paroquial da Ajuda. Investigador do Grupo de Investigação em Música Contemporânea (CESEM, FCSH-UNL). Possui um Diploma de Estudos Avançados em Artes Musicais (FCSH/ESML) no domínio da música contemporânea para órgão. Mestre em Artes Musicais, na área da música electroacústica e música contemporânea para órgão, com distinção no Quadro de Honra, Melhor Mestre 2018/19 (FCSH). Encontra-se actualmente a terminar o doutoramento, na mesma área académica. Foi bolseiro de investigação da FCT a partir de 2021/24. Estudou no Instituto Gregoriano de Lisboa, Hot Jazz Club e Eng. Física na FC-UL. Estudou também com Adrian Moore, Åke Parmerud, Annette Vande Gorne, Barry Truax, César Viana, Eurico Carrapatoso, Gilles Gobeil, Hans Tutschku, Jaime Reis, Vincent Debut e Trevor Wishart.
A sua produção artística e científica centra-se em: análise musical, composição, música electroacústica, música acusmática, paisagem sonora, acústica, síntese sonora, órgão e estudos de interpretação. O seu trabalho tem sido premiado, editado e publicado internacionalmente em eventos como Arte no Tempo, Aveiro Síntese, Binaural Nodar, Encontro Nacional de Investigação em Música, Encontro Internacional de Tecnologia e Música, Festival DME, Festival Música Viva, MUSLAB, Festival Zeppelin, Matera/Intermedia, Nova Contemporary Music Meeting, New Adventures in Sound Art, Perpectivas Sonoras, World Listening Project e L'Espace du Son.
As suas obras acusmáticas foram publicadas nas colecções MA/IN 2019, Métamorphoses 2020 e Deep Wireless #18 2024, onde foi finalista nestes concursos.
Em 2020, publicou Asteroeidēs, música para órgão e electrónica, e Palimpsestus, música acusmática.
Em 2022, lançou Avant-garde Organ, uma edição crítica de obras de vanguarda no órgão histórico português. O álbum foi financiado pela Fundação GDA, com o apoio do CESEM, Ministério da Cultura de Portugal, e foi editado pela 9musas e distribuído pela Codax Music. Este álbum teve críticas favoráveis nas revistas Ípsilon, Scherzo e The Wire, para além de ter sido objecto de entrevistas internacionais e de transmissão televisiva e radiofónica.
Em 2023, em colaboração com o nova-iorquino Andrew Levine, lançou o álbum Aether Ventus, órgão com sintetizadores modulares e theremin. Realizou o centenário de György Ligeti em 2023 no Museu Nacional da Música e na conferência internacional do NCMM. Executou oito horas do ciclo de obras ASLSP/Organ2 de John Cage no Museu Nacional da Música. Actuação na 30ª edição do Festival Música Viva com obras para órgão de Bruno Gabirro, Diogo Alvim e Ivan Moody.
IAN é Ianina Khmelik, violinista russa, nascida e criada em Moscovo. Chegou a Portugal com 15 anos. Sozinha com o seu violino, que a acompanha desde os 4 anos de idade. A primeira digressão pelo mundo fora na Orquestra Virtuosos de Gnessin, com apenas 8 anos, levou-a um pouco por todo o mundo e desde cedo se percebeu que o seu talento para a música era inato. Hoje é primeiro violino na Orquestra da Casa da Música do Porto. Todas as semanas na Sala Suggia interpreta os clássicos e os contemporâneos de forma exímia. Mas a sua outra vida musical nasce depois das pautas e da música dita clássica. O projeto IAN surgiu de forma natural no seu percurso e caracteriza-se pela fusão de elementos pop, trip-hop e eletrónica com uma forte presença de instrumentos clássicos como piano acústico e violino, frutos da experiência clássica de Ianina. De resto, a música não é na sua vida algo estático. Estáticas são as peças que se tocam escritas em papel. “O resto, o resto está por se fazer, vejo a minha música como uma pedra na minha vida, tenho que a atirar para algum lado, e depois tenho de correr para ver onde caiu, que estragos fez. É essa constante luta entre ação e reação”. Março de 2018 marcou o início da sua grande aventura em nome próprio. Lançado o Ep #1 com dois temas, WEIRD e WAR, apresentou-os ao vivo no México (maio) e na Rússia (junho) e fez também a primeira parte dos The Gift nos Coliseus de Lisboa e Porto. A reação não podia ter sido melhor. Outubro trouxe um novo EP com três canções, encabeçado por “Spring or desire”, um novo vídeo clip estreado no Jornal2 da RTP e o Airplay de rádio a nível nacional. Em novembro apresentou-se no “Festival para a gente sentada” (Braga) e no “Festival Super Bock em Stock” (Lisboa). O ano 2019 iniciou-se com o concerto no “Fade In” – festival de música de Leiria, continuando um pouco pelo país fora: Plano B (Porto), Clinic (Alcobaça), Museu Municipal de Faro, entre outros. O verão 2019 fica marcado como “verão no estúdio“ – preparação para o lançamento do seu primeiro álbum.
Julius Horsthuis (Amsterdão, 1980) é um Artista Digital, com 15 anos de carreira na indústria cinematográfica e de entretenimento holandesa. Julius começou a experimentar técnicas de animação fractal, criando uma mistura única entre animação abstrata e cinematográfica. O seu filme Fulldome Fractal Time foi reconhecido pela Forbes como uma das 35 melhores experiências XR de 2019. Julius criou vídeos musicais para Max Cooper, Meshuggah, Eric Serra e visuais de fundo para Avicii, Lady Gaga e outros. As exposições do Festival incluem o Festival Art Futura, Art Basel Miami, Coachella, IDFA, Festival Noor Riyadh, e outros. Em 2021 Julius expôs o seu trabalho na galeria de arte digital ARTECHOUSE NYC, sediada em Manhattan. Outros trabalhos imersivos foram expostos no Museu NXT em Amesterdão, OASIS Montréal, ARTPLAY em Moscovo, e outros.
Pedro Carvalho nasceu no Porto em 1987 e iniciou os estudos de violino aos 7 anos na Escola de Música do Porto.
Em 2000 ingressou no Conservatório de Música do Porto e em 2002 na Escola Profissional Artística do Vale do Ave (ARTAVE).
Estudou com os professores Arlindo Silva, Malgorzata Wierzba, Alberto Gaio Lima, António Soares e participou em Master-Classes com nomes como Brian Finlayson, Sergey Kravchenko, Boris Kuniev, Alexei Mijlin, Aníbal Lima, Gerardo Ribeiro e Zófia Wóycicka.
Na sua adolescência foi seleccionado para o primeiro Curso da Orquestra dos Conservatórios, realizado na Madeira, no estágio da OPEM, e na orquestra Aproarte.
Na Casa da Musica, Porto, foi músico nas seguintes formações: Orquestra Barroca, Remix Ensemble, e Orquestra Sinfónica, onde é violinista convidado.
Foi o primeiro músico português seleccionado em concurso para participar nas digressões internacionais da orquestra mundial de jovens “World Youth Orchestra”, em 2007 e 2008, tendo sido na última vez músico líder assistente (2o concertino).
No âmbito da música ligeira gravou e liderou em projectos de artistas como Pedro Abrunhosa, Miguel Araújo, Quatro e Meia, Bárbara Ticono, Tatanka/Black Mamba, entre outros.
Terminou o curso superior de Violino da ESMAE com nota máxima, na classe do Prof. Radu Ungureanu.
Desde 2011 que desempenha a função de concertino na Orquestra Clássica do Centro, onde tem participado em concertos em formação orquestral, a solo ou liderando ensembles de música de câmara.
David Stingley (Cientista computacional e de Inteligência Artificial)
Licenciatura em ciências computacionais no MIT (Massachusetts Institute of Technology) com larga experiência nas mais diversas modalidades de ciência computacional. Apaixonado por entender a complexidade dos sistemas através da sintetização de várias disciplinas e conhecimentos, trabalha de forma objetiva em sistemas computacionais desde o software até à sua arquitetura, UIX e design de interface. Estudou de forma entusiasta a abordagem a sistemas de educação e tradução na aquisição de conhecimento, contribuindo desta forma para o sucesso enquanto mentor no MIT.
Experiente em programação Java, Python, Bash, Javascrip, C/C++, Scheme, HTML/CSS.
Christopher Zlaket (Hardware design)
É formado em 1992 na Arizona State University com especialização em Cultura Digital (Design), uma licenciatura multidisciplinar em Engenharia e Arte dos Media, 2011-2016. Engenheiro de testes. Artesyn EC/SMART Embedded Computing; Tempe, AZ. Universidade Estatal do Arizona, Escola de Artes, Centro de Engenharia dos Meios de Comunicação/Síntese; Tempe, AZ. Engenheiro do Design de Hardware para uma Escultura Cinética Interativa COSMOS do artista Chris Ziegler com música de Hugo Paquete. O projeto está agora a ser utilizado para performances privadas e de uso público no ZKM (Center for Arts and Media) em Karlsruhe, Alemanha.
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[ENGLISH]
Explore a post-apocalyptic universe in a post-techno operatic experience directed by Hugo Paquete.
Enter a disruptive universe where a last man deliriously ponders his remaining days, seeking a revelation in his terminal breath as an extravagant form of survival in a radical and barren land of collapsed fragments, once symbols of technological monumentality, power and civilizational progress. Elements erased in the erosion of this last man's contemporary time, like cosmic dust where his desire for survival persists.
This work, directed and conceived by Hugo Paquete, presents us with a dystopian post-apocalyptic universe, where electronic music, noise and interaction come together in 5 acts exploring the place and circumstance of existence in a last gasp, the end of a man in an austere electronic desert like a post-apocalyptic cloud, where existence collapses into madness and asphyxiation. Inspired by the works of composer Jani Christou, NEGENTROPY recreates and expands the compositions Anaparastasis I: The Baritone (1968) and Anaparastasis III: The Pianist (1968), elevating their experience to new intensities, contextualizing them in a sound, visual and scenic meta-dramaturgy, using improvisation and programming of co2 readings for sound, in a catharsis as a suspension of human and technological tragedy.
This piece, developed in a site-specific format for the dome of Porto's Planetarium, features 3D video content created by Julius Horsthuis and spatialized sound for eight audio channels, transporting the senses to a dissonant world of rhythm and noise.
On stage, we have the talented baritone Rui Baeta who embodies “the last man”, accompanied by electronic manipulations by Hugo Paquete. There is also the special participation of guest musicians for the different performances, such as Pedro Carvalho and Ianina Khmelik on violin, and Cláudio de Pina on synthesizer and programming.
This project also features a team of actors, performers and noise generators, such as: Bruno Sousa, Amanda Duda, Alex Alvão, Delrik Borba, Flora Gouveia, Rita Rocha, Rodrigo Guimarães and Leticia Arlandis - who take on the role of human echoes, evoking memories of a humanity lost between the past and the future.
In this project we explore the concepts of radical ecology, astronomy, science, mysticism and death, imaginary and mysterious traditions in order to uncover the limits of the self in the face of the abyss. The aim is to start from the technological cathartic ritual, from the voice on stage, where myth, the transcendent, the primordial and ritual shape panic and hysteria as operative concepts in the face of the apocalyptic, in an aesthetic approach that crosses disciplines.
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Dome of the Planetário do Porto – CCV
Friday 21 June, 21:30
Saturday 22 June, 18:00
Duration: 1 hour
Recommended for ages 10 and up.
Tickets on sale online and at the venue one hour before the shows.
Number of seats available for each show: 93 + 2 for people with reduced mobility
Ticket prices for each show: €15 (general) / €7 (student) / €25 (two adults and one child under 16)
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Technical and Artistic Credits
Artistic Direction, Concept, Musical Direction, Performance, and Dramaturgy: Hugo Paquete
Performance, Singing, and Performance: Rui Baeta
Violin Performance: Pedro Carvalho
Violin Performance: Ianina Khmelik
Organist Performance: Cláudio de Pina
Performance: Bruno Sousa, Amanda Duda, Alex Alvão, Delrik Borba, Flora Gouveia, Rita Rocha, Rodrigo Guimarães, and Rúben Moreira
Costumes, Props, Set, and Lighting: Absonus Lab Team
3D Content and Animations: Julius Horsthuis
Hardware Design: Christopher Zlaket
Software Design: David Stingley
Makeup and Hair: Kateryna Kornilova
Sound and Light Operation: Absonus Lab Team
Digital Content and Capture: Luna Castro e Hugo Vale
Production Assistant: Erica Frota
Financial Management: Susana Nobre
Production: Absonus Lab
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The project is funded by the Direção Geral das Artes (Dgartes) and República Portuguesa / Cultura. It also has the institutional support of the following entities: Planetário do Porto – Centro Ciência Viva, Lisboa Incomum, Escola Superior Artística do Porto (ESAP), Universidade do Algarve, Centro de Investigação em Artes e Comunicação (CIAC), Artech Internacional, ACE: Teatro do Bolhão, LTK4: Center Court Festival, Maus Hábitos - Espaço de Intervenção Cultural and Museu da Música Mecânica.
Keywords
E-opera, Post-apocalyptic, Dystopia, Survival
Production in development 2023/2024
Absonus Lab
Explore a decadência e a esperança em "NEGENTROPIA: O Último Homem na Terra Devastada", uma experiência operática pós-techno que o transportará para um universo pós-apocalíptico repleto de mistério e desespero. Dirigida por Hugo Paquete, esta obra combina música eletrónica, ruído e interação tecnológica em cinco atos, oferecendo uma visão provocativa sobre a condição humana diante do colapso iminente.
Cúpula do Planetário do Porto – CCV 1440 Planetário do Porto - Centro Ciência VivaNós usamos cookies para garantir que tenha a melhor das experiências no nosso website, ao dar o seu consentimento está de acordo que armazenemos estas cookies do seu lado. Fique a conhecer a nossa Politica de Privacidade.