Apresentação

O Planetário do Porto – Centro Ciência Viva tem como missão promover uma cidadania activa apoiada no conhecimento científico, inspirando e mobilizando os cidadãos através da ciência, promovendo a cultura científica e desafiando o público a partilhar e debater novas experiências. Para além dos conceitos básicos de astronomia e grandes temas atuais da astrofísica, são abordadas temáticas transversais como a exploração espacial, a origem da vida, alterações climáticas, entre outras.



Os visitantes são sempre acompanha­dos por profissionais com formação em astronomia sendo uma parte da sessão sempre apresentada ao vivo, incentivando o diálogo e a interatividade. O público é desafiado a explorar o sistema solar, exoplanetas, nebulosas, enxames de estrelas, galáxias e até buracos negros. Estando equipado com um poderoso simulador digital, que usa os dados científicos reais e recentes, o planetário transforma-se numa nave virtual capaz de percorrer todo o Universo, sendo uma extraordinária ferramenta pedagógica e uma inigualável experiência sensorial.

A oferta educativa foi pensada numa perspectiva de facilitar o trabalho do professor, em linha com as orientações e os programas em vigor. Uma visita de estudo ao planetário pode substituir, com vantagens, uma aula convencional na escola.
Mas o Planetário é também um óptimo local para as famílias passarem uns bons momentos. Prova disto é a ocupação das sessões infantis disponibilizadas durante os fins de semana e feriados.
Anualmente o Planetário recebe mais de 40 mil visitantes por ano, sendo cerca de 70%, grupos escolares.

 

História

O Planetário do Porto – Centro Ciência Viva é uma unidade da Universidade do Porto, que iniciou as suas atividades regulares em 24 de Novembro de 1998. Resulta da visão da professora Teresa Lago de juntar num único espaço um centro de criação de novo conhecimento científico e um espaço de disseminação e promoção da cultura científica. O sonho demorou quase uma década e materializar-se após a criação do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP) em 1989, um centro de investigação com reconhecimento internacional, que se veio a transformar na maior unidade nacional de investigação em astrofísica e ciências do espaço. O CAUP foi criado com três pilares ou linhas de atuação: a investigação científica, a formação, a divulgação e apoio ao ensino.



Com o apoio do Governo Civil do Porto, o CAUP foi a primeira instituição nacional a adquirir um planetário portátil, iniciando em 1990 um programa junto das escolas e autarquias. Desde então, mais de 250 mil crianças, de norte a sul do país e também nas ilhas, assistiram a uma sessão onde lhes foram apresentados, por vezes pela primeira vez, conceitos básicos de astronomia, destinados a aumentar a sua literacia científica.

Com o propósito de construir um planetário no Porto, no início dos anos 90 a Câmara Municipal do Porto adquiriu um projetor de estrelas optomecânico Carl Zeiss. No entanto, o projetor ficou a aguardar pela construção do edifício do Planetário do Porto e Centro de Astrofísica da Universidade do Porto até 1997.

O Planetário do Porto foi um dos primeiros centros a integrar a Rede de Centros Ciência Viva. A rede tem como missão promover uma cidadania activa apoiada no conhecimento científico, inspirando e mobilizando os cidadãos através da ciência, promovendo a cultura científica e desafiando o público a partilhar e debater novas experiências. Na rede acreditamos num progresso social assente na curiosidade, na criatividade, no pensamento crítico e no envolvimento de todos os cidadãos.

A entrada no novo milénio abriu as portas para a internacionalização da astronomia Portuguesa. No final de 2000 Portugal tornou-se membro de pleno direito do Observatório Europeu do Sul (ESO), a maior organização internacional de astronomia, e da Agência Espacial Europeia (ESA), abrindo assim as portas dos maiores e mais sofisticados observatórios do mundo aos investigadores nacionais.

Em 2013, como resultado da fusão das unidades de investigação do CAUP e do Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa (CAAUL), é criado o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA). Em 7 anos os investigadores do IA publicaram cerca de mil artigos em revistas com revisão científica, cerca de 75% de toda a produção nacional em astronomia e astrofísica, contribuindo para conhecer melhor a origem e evolução do Universo, a formação e evolução das galáxias, os processos físicos que ocorrem nas estrelas e ainda descobrindo e caracterizando exoplanetas, os planetas que orbitam outras estrelas.

Em linha com a evolução tecnológica e as melhores práticas internacionais, em 2014, o Planetário do Porto iniciou uma remodelação, com o objetivo de poder cumprir melhor a sua missão, aumentar as capacidades e ferramentas educacionais e tornar a experiência dos visitantes mais envolvente.
–  O sistema optomecânico foi desmantelado e instalado um sistema digital de um dos fornecedores europeus com maior experiência e cujo sistema privilegia o rigor e exatidão científica.
– As cadeiras foram re-orientadas numa disposição unidirecional, tornando a experiência mais uniforme para todos os visitantes.
– O ecrã de projeção, a “dome”, por uma de última geração, de modo a tornar as sobreposições entre as suas diversas placas virtualmente imperceptíveis para o espectador durante a projeção. Atualmente esta é a melhor “dome” que existe em Portugal.



Hoje os investigadores do IA têm um papel relevante no desenvolvimento de várias missões espaciais da ESA e de instrumentos de ponta para os telescópios do ESO. Entre os países membros do ESO, o fator de impacto de Portugal na área das ciências do espaço, muitas vezes usado para avaliar a qualidade e a relevância da investigação produzida, é o segundo mais elevado, só sendo ultrapassado pela Dinamarca.

Três décadas depois, o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço é a instituição que define o rumo da Astronomia e Astrofísica em Portugal.

Já o Planetário do Porto – Centro Ciência Viva é um centro de ciência único, gerido pela maior instituto nacional de investigação em astronomia, que produz conteúdos próprios com a devida adequação pedagógica e rigor científico, e que tem recebido, nos últimos anos, mais de 50 mil visitantes por ano.