Pouco mais de 50 anos depois da Humanidade ter saído do seu berço, ainda faltarão alguns para que volte a aventurar-se por outras paragens da sua vizinhança no Cosmos. A celebração do cinquentenário da chegada da Humanidade ao mais próximo astro do nosso Sistema Solar, levanta-nos ainda muitas questões sobre as nossas aspirações, sonhos e o modo como olhamos para nós e para o nosso planeta, simultaneamente, berço e casa.
Na derradeira sessão do ciclo "50 anos | Missões Tripuladas à Lua", que irá decorrer Casa Comum da Reitoria da U. Porto, Sábado, 10 de Dezembro, às 21:30, 50 anos após a última viagem espacial tripulada para além da órbita terrestre, iremos contar com duas mentes mais ”astronautas" que terrestres: Carlos Fiolhais (físico, professor universitário, ensaísta e comunicador de ciência) que será devidamente assistido em órbita por Miguel Gonçalves (comunicador de ciência).
A anteceder a conversa, para a abertura da sessão, teremos um pequeno vídeo do projeto online @universo_perpendicular (Instagram ou YouTube).
«Estou na superfície; e, ao dar o último passo do homem da superfície, de volta a casa por algum tempo – mas acreditamos que não muito tempo no futuro – gostaria apenas de [dizer] o que acredito que a história irá registar. Que o desafio americano de hoje forjou o destino do homem de amanhã.»
— Eugene Cernan ao dar o último passo na superfície da Lua
A missão Apollo 17 marca o fim e o início de vários capítulos da Exploração Espacial. E reúne também sentimentos e esperanças díspares. Marcou a nossa despedida física da Lua mas deixou um legado de expectativa para os nossos próximos passos que não se concretizou. Qual foi a relação do programa Apollo e a sociedade? A pergunta é assumidamente provocadora mas actual: será que tudo seria diferente se Eugene Cernan, Ronald Evans e Harrison "Jack" Schmitt tivessem Facebook? No ano em que a NASA e parceiros internacionais assinalam o regresso (para ficar?) à nossa companheira, que ensinamentos podemos ter do passado para criarmos laços mais comprometidos entre a Ciência, Tecnologia e Sociedade em nome do Futuro de uma inevitável espécie multiplanetária?
APOLLO 17
Alunagem: 11 Dezembro, 1972, 19h47min22s UTC (+1h Lisboa), em Taurus–Littrow
Eugene A. Cernan e Harrison H. Schmitt (com Ronald E. Evans em órbita lunar)
3 atividades extraveiculares com veículo lunar: 7h11m53s + 7h36m56s + 7h15m08s de duração (35,7 km), recolhendo 115 kg de amostras
Missão: 7 Dez. 1972, 05h33min00s UTC (+1h Lisboa) a 19 Dez. 1972, 19h24min59s UTC (+1h Lisboa); Duração total: 12 dias, 13h e 52m
Carlos Fiolhais Nasceu em Lisboa, em 1956. Licenciou-se em Física na Universidade de Coimbra (1978) e doutorou-se em Física Teórica na Universidade Goethe, Frankfurt (1982). É professor catedrático (aposentado) de Física da Universidade de Coimbra. Foi professor convidado em universidades do Brasil e EUA. É autor de mais de 60 livros pedagógicos e de divulgação científica e de numerosos artigos científicos, pedagógicos e de divulgação, um dos quais é o mais citado de sempre de autores em Portugal. Ganhou os Prémios: Mérito do MInistério da Ciência e Tecnologia (2022), José Mariano Gago da SPA (2018), Ciência Viva-Montepio (2017), o Globo de Ouro de Mérito e Excelência em Ciência da SIC (2005), a Ordem do Infante D. Henrique (2005), Inovação do Forum III Milénio (2006) e Rómulo de Carvalho da Universidade de Évora (2006). Foi director da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra e Coordenador da área do Conhecimento da Fundação Francisco Manuel dos Santos. Foi fundador e director do Rómulo – Centro Ciência Viva da Universidade de Coimbra e dirige a colecção Ciência Aberta da Gradiva.
Miguel Gonçalves Nasceu no Porto a 10 de Maio de 1978 mas passou a sua infância e juventude em Castelo Branco, regressando à cidade Invicta em 1996 para ingressar no curso de Física/Matemática Aplicada (ramo de Astronomia) da Faculdade de Ciências. Formador e comunicador de Ciência, trabalhou como monitor do planetário portátil do Planetário do Porto e em 1997 foi convidado para Coordenador Nacional da The Planetary Society (Sociedade Planetária), a maior agência espacial não governamental do Mundo, cargo que ocupou até Fevereiro de 2019. Trabalhou durante quase 10 anos no mundo editorial e livreiro. Apresenta a rubrica da RTP1/3/África/Internacional “A Última Fronteira” inserido no programa noticioso “Bom Dia Portugal” e foi também comentador de Astronomia e Exploração Espacial do “Jornal 2” (RTP2) e do “24 Horas” (RTP3). Assinou durante 2 anos uma coluna no jornal i dedicado à Exploração Espacial e actualmente é cronista da revista “JN História”. Desde Fevereiro de 2020 que também integra o Conselho Consultivo do Instituto Geofísico da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.
Fábio Silva Nasceu em Tomar, em 1991. Licenciado em Jornalismo pela Universidade de Coimbra (2012) e pós-graduado em Ciências da Comunicação pela Universidade do Porto (2013). É comunicador de ciência e é autor do projeto de divulgação científica Universo Perpendicular, onde desde 2018 comunica ciências do espaço nas redes sociais através de um ângulo diferente, criativo e acessível. Desde o início do projeto, mais de 40 mil pessoas se juntaram à viagem nas redes sociais. Já foi orador sobre comunicação de ciência nas Jornadas da Comunicação de Ciência da Universidade do Minho, no Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, na Feira de Ciências Em Órbita, no Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia. Colabora com diferentes escolas na promoção do conhecimento científico. Acredita firmemente que aumentar a literacia científica no público em geral é fundamental para a sociedade moderna e um dos principais desafios do século XXI. Defende que uma abordagem de comunicação científica eficaz, criativa e acessível desempenha um papel vital, quer nos média tradicionais, nas plataformas digitais e nas escolas. A sua missão: dar mais espaço à ciência em Portugal, Brasil e PALOP.
Pouco mais de 50 anos depois da Humanidade ter saído do seu berço, ainda faltarão alguns para que volte a aventurar-se por outras paragens da sua vizinhança no Cosmos. A celebração do cinquentenário da chegada da Humanidade ao mais próximo astro do nosso Sistema Solar, levanta-nos ainda muitas questões sobre as nossas aspirações, sonhos e o modo como olhamos para nós e para o nosso planeta, simultaneamente, berço e casa.
Na derradeira sessão do ciclo "50 anos | Missões Tripuladas à Lua", que irá decorrer Casa Comum da Reitoria da U. Porto, Sábado, 10 de Dezembro, às 21:30, 50 anos após a última viagem espacial tripulada para além da órbita terrestre, iremos contar com duas mentes mais ”astronautas" que terrestres: Carlos Fiolhais (físico, professor universitário, ensaísta e comunicador de ciência) que será devidamente assistido em órbita por Miguel Gonçalves (comunicador de ciência).
A anteceder a conversa, para a abertura da sessão, teremos um pequeno vídeo do projeto online @universo_perpendicular (Instagram ou YouTube).
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