Na primeira sessão, no Salão Nobre da Reitoria da U. Porto, a 20 de Julho, às 21:00, precisamente 50 anos após a primeira alunagem, enfrentando uma missão ainda desconhecida mas que se prognostica igualmente épica, temos como primeiros oradores a alunarem: Rui Moura e Álvaro Domingues devidamente assistidos, em órbita, por Daniel Folha.
«THe Eagle has landed.»
— Neil Armstrong, Edwin “Buzz” Aldrin e Michael Collins anunciam com estas palavras o momento da alunagem.
50 anos depois da Humanidade ter saído do seu berço, ainda faltarão alguns para que volte a aventurar-se por outras paragens. A celebração do cinquentenário da chegada da Humanidade ao mais próximo astro do nosso Sistema Solar, levanta-nos ainda muitas questões sobre as nossas aspirações, sonhos e o modo como olhamos para nós e para o nosso planeta, simultaneamente, berço e casa.
Álvaro Domingues Durante eternidades a lua era apenas um enigma, um feitiço. Depois do Sol e do dia, a Lua era a rainha da noite, do luar, ou do escuro como breu. Se havia galinhas no choco, era a Lua; alguma mulher grávida, a Lua; fazer sementeiras, podar ou cortar lenha, a Lua; entender o mar e as marés, a Lua. Aluado andava quem não soubesse em que lugar por o juízo. Os meses e as semanas contavam-se por Luas. Lua nova trovejada, trinta dias é molhada.
Em 1968 a NASA divulgava a célebre fotografia da terra a nascer no horizonte da lua. Em 1969, os humanos alunavam, caminhavam na superfície lunar e aí espetavam bandeiras e desenhavam pegadas. Tantas ficções sobre viagens espaciais transformavam-se em realidade. Eram os extraterrestres.
A Terra ficou mais pequena. O lugar da vida reduziu-se a um frágil planeta azul envolvido em turbilhões de nuvens brancas. A tecnologia e os seus prodígios entraram em quarto crescente. Apolo é dos deuses.
Rui Moura, sendo um interlocutor à altura da missão, irá ser desafiado para uma conversa a propósito da exploração espacial, do programa Apollo e, particularmente, da missão Apollo 11. Irá tentar abordar a interpretação das missões Apollo na “pele” e na perspectiva de um tripulante dotado de treino muito abrangente mas ao mesmo tempo específico e que assim é escolhido e incumbido de conduzir os destinos daquela viagem à Lua. Irá abordar alguns dos aspectos das capacidades de vôo bem como das capacidade de levar a cabo os objectivos científicos pretendidos para a missão. Serão abordados alguns dos aspectos mais humanos psicologicamente desafiantes que os astronautas das missões manifestaram e tiveram de ultrapassar. A acompanhar e a dar mote à conversa serão trazidos alguns artefatos autênticos da era Apollo os quais servirão também como testemunho dessa enorme e fascinante façanha da da exploração humana.
Daniel Folha, em órbita, irá conduzir o cumprimento do programa da alunagem.
Não se terá que aguardar pelas 3h55 (horas de Lisboa) para se assinalar o momento em que Neil Armstrong pisou o solo lunar – como nova "casa comum da Humanidade". Este momento será antecipado, para o final da conversa, mostrando um pequeno vídeo.
«Um pequeno passo para o homem, um salto gigantesco para a Humanidade.»
— Neil Armstrong
Apollo 11 – 20 Julho, 1969 | Alunagem 20h17m40s UTC (+1h Lisboa) | Mare Tranquillitatis
Neil Armstrong [02h56m15s UTC (+1h Lisboa)] e Edwin Eugene “Buzz” Aldrin Jr. [03h15m15s UTC (+1h Lisboa)] (com Michael Collins em órbita)
1 atividade extraveicular de 2h31m40s, recolhendo 21.55 kg de amostras
Missão: 8dias, 3h e 18m percorrendo 1 533 milhões de quilómetros
Álvaro Domingues (Melgaço, 1959) é geógrafo, doutorado em Geografia Humana pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto em 1994. Desde 1999 é docente do mestrado integrado e do curso de doutoramento da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto. Como investigador do Centro de Estudos de Arquitectura e Urbanismo da FAUP, tem desenvolvido uma actividade regular de investigação e publicação centradas na Geografia Humana, Paisagem, Urbanismo e Políticas Urbanas, quer em termos de investigação, quer em termos de assessoria externa e formação. Escreve regularmente no jornal Público. Entre outras obras, é autor de Políticas Urbanas e Políticas Urbanas II (FCGulbenkian, 2003 e 2011, com Nuno Portas e João Cabral); A Rua da Estrada (Dafne, 2009); Vida no Campo (Dafne 2012); Território Casa Comum (com N. Travasso, FAUP, 2015); Volta a Portugal (Contraponto, 2018). [ver mais]
Rui Moura Docente da FCUP, licenciado pela Universidade de Aveiro em Engenharia Geológica e doutorado pela Universidade de Aveiro em Geociências (domínio da geofísica aplicada). Investigador do ICT-Porto e pertencente à direcção do Instituto Geofísico da Universidade do Porto (IGUP-Serra do Pilar). Piloto de aeronaves desde 1991, com qualificação de piloto de aviões, com qualificação de acrobacia aérea tendo já pilotado mais de 25 tipos aeronaves diferentes (desde aviões ligeiros até aos jactos militares) e 5 anos em vigilância florestal contra incêndios. Desde 2015 a fazer formação em diversos cursos de especialização para tripulante espacial suborbital nos EUA e no Canadá.
Daniel Folha, Astrónomo no Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA), sendo coordenador do Grupo de Comunicação de Ciência do IA. É diretor executivo do Planetário do Porto – Centro Ciência Viva, desde 2014 e docente no Instituto Universitário de Ciências da Saúde – CESPU, desde 2005, sendo responsável por diversas unidades curriculares de Física em cursos na área das Ciências da Saúde. Os seus trabalhos de investigação centraram-se sobretudo no estudo do ambiente circum estelar de estrelas jovens de pequena massa.
Na primeira sessão, no Salão Nobre da Reitoria da U. Porto, a 20 de Julho, às 21:00, precisamente 50 anos após a primeira alunagem, enfrentando uma missão ainda desconhecida mas que se prognostica igualmente épica, temos como primeiros oradores a alunarem: Rui Moura e Álvaro Domingues devidamente assistidos, em órbita, por Daniel Folha.
«THe Eagle has landed.»
— Neil Armstrong, Edwin “Buzz” Aldrin e Michael Collins anunciam com estas palavras o momento da alunagem.
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